A cada 40 segundos um suicídio é cometido no país. O dado, alarmante, foi apresentado aos servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES) em palestra dos psiquiatras Valber Dias Pinto e Telma Freitas Pimenta, ação da campanha de Valorização da Vida, em alusão ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.
Segundo Telma o dado demonstra um grave problema de saúde pública e privada. As faixas etárias de risco são de 15 a 29 anos e acima dos 70. Segundo a psiquiatra, dentre os fatores que levam ao suicídio está a solidão, por isso é importante que se tenha relações sociais, se conectando com os outros.
Ela ressaltou também que “o suicídio é um processo com vários fatores acumulativos e complexos e não a um fato simples; depende também de cada contexto da vida o indivíduo”. Dentre as causas dos suicídios, 94% decorrem de doenças ou transtornos mentais, geralmente não tratados, relacionados ao humor, ansiedade, esquizofrenia e personalidade.
Segundo o psiquiatra Valber Dias Pinto, as doenças mais associadas ao suicídio são a depressão e a ansiedade. A ansiedade é um sentimento usado nas situações que requerem algum tipo de adaptação, luta ou fuga, preocupação etc. Ela pode se tornar um transtorno quando não consegue ser controlada. A depressão não é normal, apesar de ser comum relacioná-la com tristeza. A depressão enquanto doença deixa o indivíduo incapaz de sentir prazer no que faz, fadiga excessiva e gera sentimento de culpa ou inutilidade.
A campanha do Setembro Amarelo foi iniciada em 1994, após o suicídio do jovem Mike Emme, nos EUA. Ele tinha um Mustang amarelo, veículo que usou para cometer o ato. Os pais do jovem, depois do suicídio do filho, começaram a escrever mensagens de ajuda em papéis amarelos e distribuí-los para pessoas que passaram por problemas relacionados a essa doença ou que tenham alguma dificuldade para se abrirem sobre o assunto. Essa comunidade de ajuda mútua foi crescendo com o passar dos anos, atingindo outras partes do mundo.
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