eve início na manha desta segunda-feira (04), no Centro de Eventos do Ceara, em Fortaleza, o IV Encontro Nacional dos Tribunais de Contas. Com a participação de delegações de todo o país, o tema do evento é “O papel dos TC’s frente às demandas sociais”. Mais de 500 pessoas estiveram na cerimônia de abertura do encontro, prestigiada por autoridades locais e nacionais. Até quarta-feira (06), dirigentes, conselheiros, integrantes do Ministério Público de Contas e do corpo técnico estarão discutindo e aprovando propostas que visam ao aperfeiçoamento das ações dos TCs.
Há uma preocupação fundamental em firmar uma relação de compreensão diferente com a sociedade. O que fazer para que o cidadão entenda melhor o papel e a importância dos Tribunais de Contas? A Atricon, associação que congrega os membros dessas cortes, encabeça o esforço de análise para decodificar o que deve ser feito. “Sabemos que os Tribunais de Contas evoluíram muito nos últimos anos, mas ainda temos grandes desafios. A sociedade cobra dos órgãos de controle uma atuação mais efetiva tanto no combate à corrupção como também em relação ao desperdício dos recursos públicos. E é isto que vamos debater em Fortaleza”, disse o presidente da Atricon, conselheiro Valdecir Pascoal.
Segundo ele, alguns itens específicos se apresentam na linha de frente das ações mais urgentes: “qualidade da fiscalização, combate à corrupção, desperdício de recursos públicos, divulgação das ações, estímulo ao controle social e efetividade do modelo de composição dos tribunais, além, evidentemente, de mecanismos garantidores dos componentes éticos”, afirmou.
O presidente do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES), conselheiro Domingos Taufner, é um dos palestrantes do encontro. Ele falará na tarde desta segunda-feira, às 16 horas, sobre “Controle da gestão previdenciária pública pelos TC’s”.
Quem controla o controle
Um assunto que estará em pauta durante o Encontro é a proposta de criação de um Conselho Nacional dos Tribunais de Contas, nos mesmos moldes do Conselho Nacional de Justiça. Um passo fundamental para o aperfeiçoamento dos TCs, que ajudará a coibir desvios éticos, exigindo um padrão de atuação planejada que garanta mais uniformidade, qualidade e agilidade ao processo de controle.
Após a Constituição Federal de 1988, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei da Ficha Limpa, os Tribunais de Contas tiveram grandes avanços, porém as expectativas mais exigentes dos cidadãos em seu convívio com os entes oficiais e as indispensáveis adaptações que precisam acontecer ante os fatos mutantes do mundo real, também formam um tripé adicional a merecer deliberação dos tribunais em seu próprio terreno. Essa análise macro é do presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM), Conselheiro Francisco Aguiar, anfitrião do evento.
Paralela a esta programação acontecerá o XIII Encontro do Colégio dos Corregedores e Ouvidores dos Tribunais de Contas, reunindo conselheiros e servidores das áreas para discutir o papel das corregedorias e ouvidorias dos TCs. O evento contará ainda com uma agenda de comemorações em torno dos 60 anos do TCM do Ceará, que terá como destaque o lançamento de um livro sobre o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará.
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