Dando prosseguimento à série de webinar “Obras e serviços de engenharia, concessões e PPPs”, a Secretaria de Controle Externo de Fiscalizações, com apoio da Escola de Conas Públicas (ECP), debateu a metodologia BIM nas contratações públicas. O evento on-line aconteceu, nesta sexta-feira (14), com a participação de 120 jurisdicionados de todo o Espírito Santo, além de Minas Gerias. Profissionais do Conselho Regional de Engenharia e do Poder Judiciário capixaba também marcaram presença.
A mediação foi realizada pela auditora de controle externo do TCE-ES, Flávia Holz. Coordenadora do Núcleo de Controle Externo de Edificações (NED), ela mediou o evento que teve apresentações da também auditora Ana Emília Brasiliano Thomaz e do especialista convidado Rafael Fernandes Teixeira da Silva.
Durante o webinar, foram discutidos os principais conceitos da metodologia BIM, que é um tema que vem ganhando relevância na execução de obras. “É diante desta perspectiva inevitável que o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo vem debater o tema com vocês, que nos assistem hoje”, salientou a coordenadora do NED.
A apresentação do tema começou pela auditora Ana Emília, que trouxe o conceito da modelagem da informação da construção, ou seja, BIM, segundo Bilal Succar, especialista no sistema. “É um conjunto inter-relacionado de políticas, processos e tecnologias que geram uma metodologia para gerenciar as informações essenciais do projeto e da construção, em formato digital, ao longo de todo o ciclo de vida do empreendimento”, relatou.
Em seguida, ela falou dos pilares que compõem do BIM, que abrangem os campos da política, da tecnologia e do processo. Detalhou também a diferença entre o processo de trabalho convencional e a modelagem da informação da construção.
No tradicional, explicou, há diversidade de projetistas, atividade sequencial com baixa ou nenhuma coordenação, projetos do produto sem vinculação com o processo produtivo, entre outras etapas. “Já no processo BIM há diversidade de projetistas, mas há fluxo de trabalho interativo e colaborativo e o produto é vinculado ao processo construtivo”, assinalou Ana Emília.
Ela discorreu ainda sobre o uso do BIM nas etapas de planejamento, projeto, construção e operação, além de contextualizar a metodologia no setor público no país, com uma linha do tempo entre 2006 a 2020, e no Espírito Santo.
BIM na prática
Por sua vez, o especialista convidado Rafael Silva relatou a experiência de licitações no país nas quais foi utilizada a metodologia BIM. Entre elas, a da Secretaria de Planejamento do Estado de Santa Catarina onde atuou como coordenador do projeto de implantação da modelagem da informação da construção.
Ele também respondeu sobre o nível de implantação do BIM na iniciativa pública nos diversos níveis e quais as perspectivas a partir de janeiro de 2021, e a partir da nova Lei de Licitações que se encontra no Senado.
O especialista falou ainda sobre as principais preocupações que os entes públicos municipais e estaduais precisam ter para um bom planejamento de implantação de BIM.
Ao encerrar o debate, relatou algumas das vantagens que podem ser vivenciadas pelo ente público com uma metodologia BIM bem implantada. “O Bim é muito barato, porque é muito fácil, rápido. A produtividade é gigantesca em relação ao CAD”, assinalou.
Esta e outras questões, respondidas pela auditora Ana Emília e pelo especialista Rafael Silva, você pode conferir na íntegra por meio do portal da ECP.
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