Os servidores e os estagiários do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) estão há seis meses em regime de teletrabalho. A continuidade das tarefas e a entrega de resultados para a sociedade capixaba foi possível, em grande parte, devido às ferramentas e aos sistemas de Tecnologia da Informação. Mas o período exigiu ainda mais da Secretaria-geral de TI (SGTI), que inovou e aprimorou instrumentos em atendimento às novas demandas.
Uma delas foi a implantação do Teams, software que possibilitou a transmissão por meio de videoconferência das audiências e sessões do Pleno e Câmaras. Essa solução também tem possibilitado melhor colaboração e comunicação (chat, áudio, vídeo, etc.) entre os próprios servidores, jurisdicionados e cidadãos, explicou o secretário-geral de TI da Corte, Klayson Sesana Bonatto.
Outra inovação foi o desenvolvimento e a implantação do sistema de sessões virtuais, que permitiu dobrar o número de sessões do TCE-ES, através da modalidade assíncrona. O sistema foi idealizado por comissão específica, composta por representantes de várias unidades do Tribunal. A subsecretária das Sessões, Lurcilene Santos Ribas destaca os benefícios da ação. “Tivemos um aumento no quantitativo de deliberações expedidas pelo Tribunal. Mas creio que os maiores ganhos, tanto para a Corte, quanto para a sociedade em geral, foram a possibilidade de podermos trabalhar nas sessões remotamente, especialmente durante a pandemia, e a celeridade no julgamento dos processos menos complexos. Merece destaque, também, a diminuição de custos para o próprio Tribunal e para as partes, que podem, por exemplo, gravar em áudio ou vídeo suas sustentações orais e encaminhá-las pela internet, sem despesas ou riscos com o deslocamento”, salientou.
A SGTI ainda trabalha na integração com o barramento de autenticação do governo do Estado e da União, tornando mais simples a interação da sociedade com a Corte capixaba. “Do ponto de vista do cidadão, o governo é um só. Por isso, é importante que ele tenha uma forma unificada de se identificar junto aos órgãos públicos para utilizar seus serviços digitais, independentemente do poder ou esfera pública. Com o objetivo de trazer ao cidadão essa comodidade do login único, o TCE-ES está realizando parcerias com o Executivo Estadual e o Governo Federal. A autenticação será possível de diferentes formas e cada uma delas dará ao cidadão um conjunto específico de permissões”, explicou Bonatto.
Dessa forma, esclareceu ele, “autenticações mais simples, como login e senha, darão ao cidadão o acesso a serviços de menor criticidade. Caso seja necessário um maior grau de confiabilidade quanto à identidade do cidadão, a autenticação deverá ser feita com certificado digital”. A integração aos barramentos de autenticação dos governos estadual e federal está em fase de desenvolvimento e a expectativa é que entre em produção ainda em 2020.
Confira outros resultados das ações da SGTI neste ano:
- Desenvolvimento do portal do teletrabalho, que tem o objetivo de orientar os servidores. A plataforma reúne uma série de informações que facilitam o desempenho das atividades laborais em casa.
- Redirecionamento dos ramais do TCE-ES para os telefones particulares dos servidores. A implantação de um software livre que permite, junto com a central telefônica da Corte, realizar ligações para celular e telefone fixo por meio de softphone, facilitando a comunicação.
- Os servidores podem ter acesso às unidades G, H e K da rede, mesmo que estejam utilizando seus computadores particulares via VPN.
- Ampliação em 50% do espaço das caixas de correio eletrônico.
- Ampliação do link de internet do TC, viabilizando os acessos remotos.
- Em parceria com o NCD, criou serviço de impressão remota.
Novidade que vem por aí
Está em andamento o desenvolvimento de um robô de atendimento via WhatsApp, ligado ao Núcleo de Atendimento de Tecnologia da Informação (Nati). “O robô utiliza inteligência artificial para dialogar com as pessoas que buscam auxílio na resolução de problemas de TI. A ideia é que os servidores do Tribunal e futuramente os cidadãos e jurisdicionados consigam resolver os problemas mais comuns relacionados aos sistemas informatizados do TC de forma rápida e autônoma”, ressaltou Bonatto.
A ideia é que o robô possa expandir a sua atuação dentro da Corte. “Se o experimento obtiver resultados positivos poderemos, posteriormente, expandir a sua atuação para além do atendimento em TI, como o controle externo e a área administrativa. Inclusive esse é um pedido antigo de alguns colegas da Secretaria Geral de Controle Externo (Segex), e da Secretaria Geral Administrativa e Financeira (Segafi), que nasceu com o curso de Design Thinking promovido pelo TC no ano passado”.
O secretário-geral assinalou que o robô só “aprende” a sanar dúvidas ser for devidamente treinado. E esse treinamento precisa ser feito por pessoas que são especialistas em suas áreas de atuação. Portanto, pelo menos nos primeiros meses, há a necessidade de esforço humano nesse processo de “ensinar” o robô a responder dúvidas sobre determinado assunto. O nome do robô? “Natália. Nati, para os íntimos”, brincou Bonatto.
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