Dando sequência ao evento on-line “TCE-ES quebrando paradigmas – o setor público no pós-pandemia”, o economista e sócio da XP Investimentos Paulo Henrique Corrêa revelou que a empresa investiu em tecnologia e realinhou sua estratégia durante a pandemia. O resultado foi aumento da produtividade, mesmo diante de um cenário de incertezas econômicas causado pela Covid-19 mundo a fora, além do aumento da carteira de clientes. Ele relatou ainda como as instituições devem se comportar no pós-pandemia.
No mercado há cerca de 20 anos, o especialista em investimentos iniciou sua fala contextualizando o mercado financeiro no início da pandemia. “Acredito que as empresas do segmento estavam melhor preparadas, por uma situação conjuntural porque o Brasil já passou por várias crises econômicas. Nunca imaginávamos um cenário assim, mas monitoramos tudo que acontece no mundo e logo que ficamos sabendo rapidamente a empresa se adaptou”, contou.
As primeiras medidas, acrescentou, foram investir mais em tecnologia para proporcionar aos colaboradores produzirem em teletrabalho. “Nós sempre tivemos uma visão de sermos uma empresa eficiente tecnologicamente, para fazer mais com menos possível. Então, conseguimos, relativamente rápido, colocar todos para trabalharem em casa, com condições para isso”, frisou.
Desafio
Com essas adaptações, a empresa passou a ter o desafio de manter a produtividade e o engajamento dos profissionais. A solução tem sido fortalecer os líderes das equipes para manter a estratégia de negócios, uma vez que alguns portfólios de clientes ficaram desvalorizados nos três primeiros meses da pandemia.
“Passamos a estar muito próximos de nossos clientes e colaboradores, além de empoderar nossas lideranças. A grande forma para isso é fornecendo informações a eles. A nossa equipe de pesquisa e análise formou vários eventos e munimos os clientes com o máximo de informações de pessoas do mercado financeiro, chefes de estado, ministros, cientistas, médicos para informar aos nossos clientes o que estava acontecendo e os possíveis desdobramentos daquilo tudo. Com isso, conseguimos acalmar e conscientizar os clientes. E, diferente de todas as outras crises, como a queda da Bolsa de Valores em 2005, eles aproveitaram o momento para comprar ativos. Ou seja, a nossa proximidade foi o diferencial junto a concorrência, e conseguimos crescer”, salientou Corrêa.
Daqui para frente, enfatizou, com a realocação dos profissionais, com um time trabalhando em casa e outro no escritório, a empresa adota um modelo de trabalho colaborativo proporcionando maior flexibilidade a todos. “O importante é a produtividade, são as entregas. Ter um sistema de gestão que, de fato, se consiga controlar tudo isso. Criar indicadores para que possa medir a produtividade, para que seja melhorada, sempre com foco no cliente”, frisou o economista.
Além disso, será fortalecido o modelo de descentralização da gestão já adotada pela empresa, a exemplo de uma metodologia aplicada no Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos.
“São esquipes multidisciplinares para tratar de diversos temas da empresa. Isso descentraliza muito a gestão, que fica mais ágil. É organização matricial que tem total autonomia e orçamento para fazer as suas entregas. É como se fossem mini empresas dentro da empresa. Com isso, o número de entregas da XP cresceu muito rápido”, explicou.
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