O Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) celebra a chegada do primeiro carregamento de vacina contra a Covid-19, nesta segunda-feira (18), no Estado. A Corte reconhece os potenciais benefícios das vacinas mas adverte que esta ação não pode ser encarada pela população como um “passe livre” para aglomerar e deixar de lado os cuidados básicos, como uso da máscara facial, hábitos de higiene sanitária e distanciamento social.
O TCE-ES foi um dos primeiros órgãos de controle externo a definir critérios para classificação de três níveis de prevenção e enfrentamento à propagação do coronavirus no âmbito da Corte, em março de 2020. Desde então, adotou uma série de medidas, como regime de teletrabalho para todos os membros e servidores do Tribunal (em vigor até os atuais dias), além de sessões virtuais.
O presidente do TCE-ES, conselheiro Rodrigo Chamoun, reforça que o combate à pandemia e suas consequências continua sendo o maior desafio desse ano.
“O início da vacinação, nove meses após o primeiro óbito em solo capixaba, é uma vitória fenomenal da ciência contra o vírus, mas o triunfo só virá com a vacinação em massa. Enquanto isso, precisamos cumprir os protocolos: o uso correto das máscaras, a higiene das mãos e distanciamento físico possível”, assinalou.
A primeira morte causada pelo coronavírus, no Espírito Santo, foi confirmada no ano passado, dia 02 de abril.
As vacinas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, domingo (17), por unanimidade, o uso das duas primeiras vacinas contra o coronavírus disponíveis em território brasileiro: a da Sinovac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a China, e a da Oxford-AstraZeneca, cujo pedido de uso emergencial foi feito pela Fiocruz – e cujo primeiro carregamento deve ser trazido da Índia por um avião fretado pelo Ministério da Saúde.
O médico José Eduardo Miguel Assad, coordenador do Serviço de Saúde do TCE-ES, acompanha o tema desde o início da pandemia. Ele também incentiva a vacinação dos grupos que terão indicação pelo Ministério da Saúde, no primeiro momento e, posteriormente, em massa.
“Os grupos que tiveram indicação da vacina devem aderir o maior número possível, de forma que a pandemia diminua. Depois, quando tivermos mais vacinas disponíveis, a campanha de imunização será em massa. É um incentivo para que todos os servidores façam a vacinação. Não apenas os servidores do Tribunal, mas toda a população”, afirmou.
Quanto mais pessoas se vacinarem, acrescentou, mais vão estar protegidas de terem a doença. “Estando protegidas, não vão ter o sofrimento da doença e vão evitar de, estando doentes, contaminarem terceiros. Com isso, o vírus para de circular e a pandemia acaba. É fundamental que se indique a vacinação para toda a população brasileira. São vacinas seguras, aprovadas pela Anvisa”, enfatizou.
A vacina, além de segura, é eficaz. A metodologia dela provou que é possível evitar que pessoa adoeça em torno de 50%, explicou o médico. “Ela não vai ficar doente. Ou seja, se 10 pessoas tiverem contato com o vírus, só cinco vão adoecer. Dessas, apenas três terão algum sintoma. E estes serão leves, sem necessidade de ir para hospital. E das 10 pessoas contaminadas, nenhuma vai evoluir para ficar grave em UTI, ou mesmo morrer. É uma vacina que evita 100% das complicações. Sendo segura, é considerada excelente. Estou falando da Coronavac”, salientou.
Ele alertou que se a pessoa não se vacinar e pegar a doença, vai transmitir para outras. Por exemplo, se 50% da população se vacinar os outros 50% não, o vírus vai continuar circulando. “A vacinação deve ser feita em massa. É a chance de a pandemia ir embora. Lembrando que a Coronavac tem característica de vírus inativado. Então, não tem chance de provocar doença”, assinalou o médico.
Isolamento social
Ele também enfatiza que a população, além de se vacinar, não deve abandonar a prática da lavagem de mãos, do uso da máscara, e do distanciamento social.
“Isso é fundamental, imprescindível. É o que tem demonstrado, cientificamente, que funciona. Tanto é que, todas as vezes que isso foi praticado, o índice de mortes caiu bruscamente. Inclusive, foi isso que, infelizmente, fez com que algumas pessoas interpretassem que a doença tivesse terminado. Voltaram a se aglomerar e abandonar os hábitos de higiene. Com isso, a doença voltou a crescer. Mas a doença ainda não passou”, frisou.
É neste contexto de aumento de casos de Covid, acrescentou, que capixabas e outros brasileiros estão vivendo agora. “Tal situação já era prevista pelos cientistas e estudiosos, em especial após as festas de final de ano”, assinalou.
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