Diretor da Escola de Contas Públicas (ECP) Mariazinha Vellozo Lucas, o conselheiro Luiz Carlos Ciciliotti participou do “XIII Educontas – A atuação das Escolas de Contas na Era da Inovação”, realizado em Alagoas, Maceió. Ele trocou experiências e estreitou relações institucionais, além de divulgar ações da ECP capixaba. Também tratou de temas como Projetos Políticos Pedagógicos (PPP’s), inovação, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e sua aplicação nos TC’s e governo digital. Participaram representantes das ECP’s de todo o país.
“Foi muito importante a nossa participação no encontro nacional das Escolas de Contas pois, a partir desse intercâmbio de informações e o conhecimento de melhores práticas com a apresentação de projetos inovadores, percebemos que podemos avançar ainda mais no uso do ambiente tecnológico. Além de aprimorar a utilização da linguagem simples e potencializar novas formas de interação da ECP com o público externo”, assinalou o conselheiro Ciciliotti.
Foram dois dias de evento, na quinta-feira (01) e sexta-feira (02), quando também foram debatidos o desafio da inovação para as ECP’s, metodologias ativas no contexto da formação profissional, comunicação e redes sociais – o engajamento como ferramenta na educação. Além da apresentação do PPP do Tribunal de Contas Municipal de São Paulo (TCM-SP) como caso de sucesso.
Inovações tecnológicas
O XIII Educontas teve início com a aula magna “O Desafio da Inovação para as Escola de Contas”, com o professor Dr. Luciano Vieira. Nesse contexto, foi realizada a troca de informações sobre as inovações tecnológicas adotadas pelas ECP’s, considerando a necessidade de atrair um público caracterizado como “nativo” em tecnologia.
As “Metodologias Ativas no Contexto da Formação Profissional” foi o assunto do primeiro painel, ministrado pelo professor Fernando de Assis Alves, que destacou as variáveis mais importantes para um profissional que deseja contribuir para a formação de pessoas, sendo elas o conhecimento, a empatia e a comunicação.
As metodologias ativas, explicou, são estratégias de ensino que têm por objetivo incentivar as pessoas a aprenderem de forma autônoma e participativa, por meio de problemas e situações reais, realizando tarefas que os estimulem a pensar além, a terem iniciativa, a debaterem, tornando-se responsáveis pela construção de conhecimento. Isso é fundamental quando se trata de ensino corporativo.
Para o palestrante, os métodos ativos são para aplicar o conhecimento. “Antes de mais nada é preciso saber qual é a competência a ser desenvolvida, para depois decidir qual será o método a ser utilizado para promover essa capacitação. Planejar é fundamental. Os formadores precisam ser capacitados para possibilitar que a competência a ser desenvolvida ocorra dentre as melhores alternativas para o processo de ensino-aprendizagem”, frisou.
Inovações e modelos
Dando prosseguimento, o painel “PPP – Inovações e Modelos” foi ministrado pela professora Ana Carla Bliacheriene. Como diretora da ECP do TCM-SP, ele apresentou o estudo de caso dessa escola na elaboração do Projeto Político Pedagógico.
O PPP é definido formalmente pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) como uma peça fundamental para orientar a atuação das instituições de ensino em geral.
As ECP’s, por serem Escolas de Governo, são instituições públicas criadas com a finalidade de promover a formação, o aperfeiçoamento e a profissionalização de agentes públicos, visando ao fortalecimento e à ampliação da capacidade de execução do Estado.
Tendo isso em vista, se utilizam do modelo de formulação, implantação, execução e avaliação das políticas públicas para a construção do seu PPP, de modo a orientar os caminhos a serem trilhados na filosofia da educação, no processo e na ação de ensino-aprendizagem junto ao seu público-alvo interno e externo, e demais atores envolvidos na construção da educação corporativa.
De acordo com a professora Ana Bliacheriene, a elaboração do PPP deve ser o retrato da escola, e a sua concepção deve respeitar a sua realidade.
“A divulgação interna do PPP é fundamental para que os servidores possam reconhecer a Escola como sendo uma unidade preocupada e estruturada para ofertar as capacitações necessárias para atender o gap de competências existente no órgão”, assinalou.
Engajamento
Por fim, o painel 4 tratou sobre a “Comunicação e Redes Sociais – o Engajamento como Ferramenta na Educação”. O palestrante Fernando Peron fez uma análise sobre o quanto as redes sociais conseguem captar novos grupos interessados. Mas ponderou que é preciso ter o cuidado de manter esses interessados com informações atualizadas, para que o engajamento seja permanente. O instagram é hoje a principal ferramenta para isso.
No segundo dia do evento os assuntos foram inovação, LGPD e Governo Digital, apresentados pelo procurador Ricardo Rodrigues. Ele tratou sobre a Lei 10.973/2004 (Lei da Inovação), a Lei Complementar 182/2021 (Marco Legal das Startups) e a Lei 14.129/2021 (Governo Digital).
Foram apresentados os seguintes projetos: “Jovem no Controle” (TCE-Paraná); “PrismaLAb – Laboratório de Inovação” (TCE-Pernambuco); e “Laboratório de Inovação e Controle” (TCE-Ceará).
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