No dia 24 desse mês de setembro, o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) completa 65 anos. Ao longo de seis décadas e meia, vários caminhos foram percorridos, literalmente, até a Corte chegar aonde está localizada. Para se ter uma ideia, foi somente a partir do dia 14 de março de 1991, ou seja há 31 anos, que servidores e colaboradores têm como endereço de trabalho a Rua José Alexandre Buaiz,157, na Enseada do Suá, em Vitória.
Área nobre, que, atualmente, está no mais cobiçado espaço empresarial da Capital. Mas, antes de chegar a ocupar este local, o Tribunal passou por outras cinco sedes. Todas localizadas no Centro de Vitória, região que, em anos anteriores, habitava o conglomerado de serviços públicos e privados capixaba. Em todas as seis, está registrado o legado de profissionais que, ao longo dos anos, participam da modernização do Tribunal de Contas do Estado.
O TCE-ES foi criado por meio da Lei 1.287, de 1957. Contudo, a sua primeira instalação ocorreu apenas no dia 07 de junho de 1958, no Departamento das Municipalidades, ocupando uma sala somente.
Cerca de um ano após, a Corte foi transferida para o Edifício das Repartições Públicas, hoje chamado de Edifício Aureliano Hoffmann, localizado na Avenida Jerônimo Monteiro (onde funcionava a Secretaria de Estado da Fazenda). Na ocasião, de início, ocupou parte do 5º andar do prédio que ainda estava em construção, estando em fase de acabamento.
Dali foi transferida para o Edifício Santa Cecília (que fica na região do Palácio Anchieta, servindo de moradia popular, agora). À época, os servidores tiveram grande dificuldade de adaptação, uma vez que o prédio fora ocupado, anteriormente, por um departamento do sistema de saúde federal e o imóvel estava em precário estado de conservação.
A penúltima sede ocupava parte dos 10 andares do Edifício “Alexandre Buaiz”, na Avenida Florentino Avidos – onde funciona nos atuais dias o Moinho Buaiz. O ambiente era de salas separadas, como se fossem escritórios, não considerado ideal para as atividades de trabalho.
Na ocasião, com objetivo de garantir recursos necessários à construção da sede própria do TCE-ES, a administração decidiu se transferir, saindo do “Alexandre Buaiz” para o Edifício A Gazeta, mais conhecido por “Galerão”, na rua General Osório – nas proximidades do Parque Moscoso. Lá, ocupou seis andares.
Modernidade
O terreno, medindo cerca de 8.300m2, é a presente sede da Corte de Contas capixaba. Trata-se de um prédio funcional, que oferece melhores condições de trabalho, que já passou por grandes reformas e está em fase de conclusão de uma obra primordial que é a substituição de toda a infraestrutura elétrica do seu prédio, incluindo o auditório e Escola de Contas Públicas Mariazinha Velozzo Lucas.
O servidor Marcos Guilherme Bressiane, da Secretaria-Geral de Tecnologia da Informação, participou de parte desse histórico de mudanças de sedes da Corte.
“Entrei no TCE-ES, em 1986, quando o Tribunal funcionava no Edifício Alexandre Buaiz. Eram salas pequenas. Na verdade, o prédio não foi desenhado para uma grande repartição funcionar. De lá para cá, trabalhei no Galerão e agora aqui, na Enseada. Nós servidores sempre ajudamos nas mudanças, de uma forma ou de outra. No momento atual é muito melhor, em comparação às demais sedes. A principal diferença é que aqui foi pensado para ser o Tribunal de Contas”, assinalou.
Café, pão e manteiga
Quem também esteve presente nesse período de mudanças foi a servidora Clotilde Nunes. Atualmente, ela atua no gabinete de conselheiro substituto Marco Antônio Silva, mas começou as atividades no TCE-ES quando a Corte era no Edifício das Repartições Públicas, trabalhando como servente concursada.
Depois, seguiu para o Edifício Santa Cecília.
“Naquele tempo, eu trabalhava na cozinha. Saia, de sala em sala, perguntando o que os servidores queriam para o lanche da tarde. Era hora sagrada. Pão, manteiga, café e leite sempre tinham. Mas havia orçamento de suprimentos de fundos, que podíamos usar para comprar outras coisas, como queijo e presento”, lembrou.
Mas, agora, acrescentou, é tudo muito diferente. “Neste tempo, o TCE-ES é enorme e não tem mais essa mordomia”, disse.
O servidor Jonas Suave concorda. Trabalhando na Corte de Contas há 30 anos, ele lembra de como era a infraestrutura da sede do Tribunal no início de sua carrreira.
“Mudou muito. Antes, tinha uma sala de mecanografia, na qual várias mulheres trabalhavam datilografando relatórios. Não tinha computador. Em 1994, iniciou-se uma nova fase, com sistema próprio do Tribunal, substituindo o da Prodest. Foi uma mudança radical. Só que prédio não foi projetado para infraestrutura de cabeamento. Por isso, foi necessário mudar tudo, no momento atual, inclusive, a parte elétrica. Está ficando bem melhor”, assinalou Jonas.
Com informações do livro “Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo – 58 anos de história”
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