Nem só de auditorias vive o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), ao longo de seus 65 anos. Além de profissionais qualificados no âmbito do controle externo, a Corte possui servidores com habilidades esportivas e culturais. Muitos já participaram de competições nacionais, como as Olimpíadas dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil. São craques desde o futebol ao dominó.
E o talento deles não para nas práticas esportivas. Se estende à expressão corporal. Por meio do Coral de Contas, já realizaram apresentações memoráveis, em todo o Estado.
“Era uma interação muito grande, muito legal. Não precisava ser o melhor. Bastava ter espírito esportivo. A ideia era integrar as pessoas”, lembra o secretário geral da Sessões (SGS), Odilson Souza Barbosa Junior, sobre essas iniciativas.
Ele participou de várias Olimpíadas dos Servidores dos TC’s. Na terceira edição, realizada em Caldas Novas, em Goiás, no ano de 2012, coordenou a Comissão de Organização. Na ocasião, cerca de 100 servidores participaram. Alguns foram de ônibus, outros de avião ou de carro.
Além dele, os servidores Paulo Marcos Dutra, Mozart Silva Junior, Donato Volkers Moutinho e José Luiz Gobbi Fraga (em memória) fizeram parte da comissão. “Eu fiquei com as regras das práticas esportivas. O saudoso e querido Gobbi esteve por conta do transporte e hospedagem. Fomos de ônibus. Foram quase dois dias de viagem. Foi a primeira vez que um contingente grande pessoas participou. Foi conselheiro, procurador. Muito legal”, contou.
Campeões
Os servidores do TCE-ES começaram a participar das Olimpíadas a partir de 2012, e competiam em várias modalidades. Mas, na maioria das vezes, as medalhas vinham do dominó, xadrez, tênis de mesa, sinuca e atletismo. “Esse era nosso forte”, frisou o secretário da SGS.
Quem sempre brilhava nas competições era a servidora Lenir Pagotto (em memória). Era uma incentivadora da prática esportiva e sempre trazia medalhas do atletismo para a Corte capixaba.
Foi ela, inclusive, quem deu força para expandir para outras modalidades o Torneio de Futebol realizado internamente na Corte por alguns servidores.
“Sempre fizemos torneio de futebol. Desde 2003. E a partir de 2016, incluímos outras práticas, por incentivo da Lenir. Havia uma competição grande entre os setores do Tribunal. Depois que ela faleceu, desanimamos. Não fizemos mais. Mas seria legal se voltássemos a evoluir no exercício esportivo”, incentivou o secretário da SGS.
Coordenadora da Ouvidoria, a auditora do TCE-ES, Andrea Norbim Beconha, concorda com Junior. Ela participou de várias olimpíadas, entre elas as realizadas em Goiás, Curitiba, Foz do Iguaçu e Serra Gaúcha. Nesse ano, na edição de Natal, não marcou presença. Mas continua sendo incentivadora das atividades esportivas nos TC’s.
“Em tempos de pós-pandemia e de teletrabalho, eventos como as olimpíadas trazem enormes ganhos para nossa instituição e resultados significativos para cada um dos servidores. É uma excelente iniciativa de integração e pertencimento. Além de tudo, significa fomentar um estilo mais saudável, uma melhoria na qualidade de vida, na saúde e no bem-estar. Por isso, sempre que pude, participei das Olimpíadas dos tribunais de contas”, salientou.
Na sua opinião, a integração e o bem-estar dos servidores são motivos mais do que suficientes para justificar a participação em eventos esportivos. “Isso sem detalhar os ganhos indiretos, pois, a partir dessa integração (dentro do próprio Tribunal e com outros tribunais), as novas relações de amizades, concretizadas nesses eventos, oportuniza a troca de experiências, novos conhecimentos de boas práticas”, assinalou Andrea.
Nesse contexto de envolvimento em práticas desportivas, vale ainda o registro da participação dos servidores do TCE-ES no Campeonato Estadual dos Servidores. Foi uma única vez. No futebol, os meninos perderam para o time da Polícia Militar. Contudo, no vôlei de quadra, as meninas arrasaram, chegando às semifinais.
Coral de Contas
Os servidores do TCE-ES também marcaram a história da Corte fazendo bonito, por meio do Coral de Contas. Coordenados pelo saudoso Gobbi e regidos pelo maestro Claudio Modesto, fizeram apresentações em festivais, como o FesVozes e Festival de Inverno de Domingos Martins. Em todas, faziam questão de falar da importância do TCE-ES para a sociedade.
“O Tribunal me proporcionou, também, o exercício do canto, através do Coral de Contas. Fiz parte da primeira formação, acho que entre o ano 1999 ou 2000, com a regência do maestro Claudio Modesto. Depois foi retomado em 2012. Claro que não posso deixar de citar o saudoso Gobbi, o nosso artista, que foi o grande motivador do Coral, que passou a ter um papel social de levar o canto aos hospitais públicos”, assinalou a ex-coralista Bianca Soares de Souza, da Secretaria de Gestão de Pessoas.
Gobbi levou o Coral de Contas a dezenas de hospitais da Grande Vitoria. Durante as apresentações, era comum ver servidores se emocionando.
“Era gratificante poder acalentar as pessoas que estavam acamadas e aos seu acompanhantes. Muitos se emocionavam, outros cantavam juntos. Era um ato de solidariedade, onde todos estavam ganhando, eles e nós também. São tempos memoráveis”, assinalou Bianca.
Assim como Junior e Andrea incentivam o retorno das atividades esportivas entre os servidores, ela torce para que o Coral de Contas volte a se organizar.
“Diante da pandemia, as atividades foram cessadas, mas, quem sabe, se num futuro breve, o projeto possa retornar?”, disse saudosamente.
O servidor Jonas Suave também é ex-coralista, e compartilha do mesmo sentimento de Bianca. “O Gobbi tinha a ideia de projetar o TCE-ES para a sociedade, mostrando o trabalho social. Ajudou a melhorar a imagem do Tribunal. O coral tinha um papel social. Pena que não continuou. Podia voltar, porque é um trabalho importante para a integração dos servidores”, frisou.
Homenagem
Nesse momento, é justo deixar registrada a importância do trabalho e dedicação de Gobbi e Lenir, no decorrer dos anos que compartilharam conhecimentos no TCE-ES. Os dois servidores foram muito queridos, e deixaram boas lembranças.
Gobbi iniciou sua trajetória no TCE-ES em 1975. Entre as muitas contribuições dadas à Corte, destacam-se àquelas voltadas à qualidade de vida dos servidores e à responsabilidade social, como a coordenação do Coral de Contas. Organizou e promoveu eventos internos e campanhas solidárias.
Lenir trabalhou no Tribunal durante 22 anos. Ela era professora de Educação Física e desenvolveu um programa de ginástica laboral na Corte, beneficiando centenas de servidores. Também montou equipes de vôlei e de caminhada, com objetivo de combater o sedentarismo e integrar os servidores do Órgão. Lenir faleceu no início de 2017.
Galeria de fotos dos servidores nas olimpíadas:
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