No encerramento dos trabalhos do II Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas, os profissionais da comunicação presentes participaram das oficinas “Uso do WhatsApp na Comunicação Pública”, com João Paulo Borges (JP do Whats), expert em WhatsApp; e “Conteúdo para redes sociais”, ministrada por Felipe Barreto, coordenador das redes sociais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que ocorreram simultaneamente.
Felipe Barreto ministrou a oficina “Conteúdo para redes sociais de órgãos públicos: entre a inovação e a prestação de serviços”, que aconteceu no auditório do evento.
Felipe explicou que, para alcançar a comunicação institucional efetiva, é necessário definir a missão, visão, e, principalmente, o propósito da instituição. Ter esses três pilares bem definidos possibilita uma comunicação efetiva e uma boa construção da imagem institucional e do relacionamento com o cidadão nas redes sociais.
“O diferencial da comunicação pública é empoderar o cidadão para que ele compreenda a função e importância dos órgãos públicos, de maneira que ele conheça seus direitos e possa reafirmá-los quando for necessário”, pontuou.
Em seguida, ele apresentou uma série de estratégias e táticas de como captar e engajar ainda mais o público nas redes sociais. Segundo Barreto, colocar a instituição no radar do público, posicioná-la de acordo com seus objetivos, proporcionar a identificação do público com o órgão e compartilhar experiências próprias e coletivas são pontos cruciais para garantir o engajamento dos cidadãos nos perfis dos órgãos públicos.
Uso do WhatsApp
A oficina ministrada por JP, que é especialista em Comunicação Estratégica pelo Whatsapp, teve como objetivo ensinar os congressistas a como utilizar o aplicativo mais popular do Brasil a favor da comunicação dos órgãos públicos.
“Sei muito bem como os cidadãos comuns querem falar e ter contato direto com os agentes políticos e órgãos públicos. A ideia da oficina é facilitar o acesso da sociedade a essas instituições”, iniciou JP.
JP mostrou dados de uma pesquisa realizada pelo Governo Federal que comprovam que 79% afirmam que se informam através das notícias que recebem no Whatsapp.
“Nós acordamos e vamos dormir utilizando o Whatsapp. Se pararmos para pensar quanto tempo as pessoas ficam no aplicativo, nos damos conta de que ele é a principal fonte de informação dos brasileiros. O Whatsapp ajuda a mensagem que os comunicadores querem passar a chegar mais rápido na sociedade”, afirmou.
Durante a oficina, o especialista também discutiu acerca dos grupos de WhatsApp e as oportunidades e desafios que ele oferece para a comunicação.
“Para administrar um grupo de Whatsapp é necessário estratégia e uma gestão cuidadosa, a fim de que o objetivo e o assunto central dele não saia do radar dos participantes Outro desafio são os riscos à privacidade dos participantes, que têm seu número disponível para quem estiver no grupo. Porém, eles têm um fator de mobilização rápida, o que gera um engajamento direto e o alcance de mais pessoas ao mesmo tempo, o que facilita a propagação das informações”, disse.
Outro ponto destacado foi o uso das listas de transmissão para divulgação estratégica dos órgãos públicos.
“Nas listas, conseguimos entregar um conteúdo relevante e bem segmentado, alcançando aquele cidadão que tem interesse no trabalho das instituições, essa é a chave do sucesso para as Listas de Transmissão”, pontuou JP.
Por fim, João citou as vantagens do uso de Canais no WhatsApp, nova ferramenta da plataforma.
“Essa nova funcionalidade ainda não é muito conhecida por todos, porém, é a nova aposta do aplicativo, e tenho certeza que ela tem potencial para ser o principal meio de comunicação entre os órgãos públicos e a população. Pensem não só em enviar informações sobre o trabalho do órgão, mas também da atuação dele na vida das pessoas”, finalizou.
II CNCTC
Mais de 400 profissionais estão em Vitória, nestes dias 4 e 5 de julho, para o II Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas. A edição deste ano tem como tema central o “Papel da Comunicação Pública na Defesa da Democracia”. São 12 atividades, entre paineis, palestras e oficinas, que abordam assuntos da atualidade mais importantes para uma comunicação eficiente.
O II CNCTC é uma realização do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Instituto Rui Barbosa (IRB), Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC) e Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon).
O evento tem o patrocínio de Banestes, Banrisul, Tribunais de Contas do Estado do Amapá, de Goiás e do Amazonas. Além disso, há apoio do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do Programa de Combate à Desinformação, do Governo do Estado do Espírito Santo, da Prefeitura de Vitória, da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTV), da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), da Asociación de Entidades Oficiales de Control Público del Mercosur (ASUR), da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABC Pública), da TVE-ES, da Assembleia Legislativa do Espírito Santo e dos Tribunais de Contas do Estado de Mato Grosso e Santa Catarina.
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