Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo lamentaram a morte do ex-governador do Estado Max Mauro. Ele estava internado há cerca de dois meses e teve o óbito confirmado na madrugada desta quinta-feira (14), causado por insuficiência renal aguda.
O presidente do TCE-ES, conselheiro Domingos Taufner, destacou que Max Mauro faz parte da história do Espírito Santo e do Brasil. “Ele lutou pela democracia no nosso estado, foi um governador, que pautou com uma gestão austera e construiu as bases que o estado tem hoje”, declarou Taufner.
Vice-presidente da Corte de Contas, conselheiro Luiz Carlos Ciciliotti, lembrou que chegou a participar do governo de Max Mauro em 1987. “Externo meus sentimentos à toda família. Tive a satisfação de participar do governo dele, em 1987, trabalhamos muito e acabamos virando amigos”, disse.
“Tenho e continuarei tendo uma admiração muito grande pelo trabalho que ele fez no Estado – sobretudo em relação ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde no Espírito Santo”, concluiu Ciciliotti.
O Corregedor do Tribunal, Sérgio Aboudib, lembrou que conhecia Max Mauro desde a década de 80. “Ele sempre foi um administrador ético, e um político que sempre defendeu a democracia como valor inegociável”, sintetizou
Diretor da Escola de Contas, Rodrigo Chamoun, lamentou profundamente o falecimento. “Sua trajetória na vida pública foi marcada pela ética inflexível, pelo elevado senso de responsabilidade fiscal e por uma coragem exemplar que inspirou a muitos”, disse.
“Max Mauro deixa um legado de princípios e de dedicação ao Espírito Santo. Meus sentimentos aos amigos, familiares e, em especial, ao Max Filho. Que Deus o acolha em sua infinita bondade”, completou Chamoun.
Ouvidor do TCE-ES, Carlos Ranna, ressaltou o lado social do governo de Max Mauro. “Ele implementou políticas sociais para combater a pobreza, melhorar a qualidade de vida da população. Realizou obras de desenvolvimento e foi um governo comprometido com o bem-estar da população. Nossas condolências à família”, disse Ranna.
O conselheiro Davi Diniz, classificou o ex-governador como uma figura marcante na histórica política do Estado, conhecido por sua integridade, compromisso e seriedade. “Ao longo de sua trajetória pública, ocupou cargos de grande responsabilidade, sempre orientado por um ideal de justiça e pelo desejo de melhorar a vida dos capixabas. Seu legado é muito mais do que político; é um legado de humanidade e dedicação”, afirmou.
“Aos familiares e amigos, deixo meus sinceros sentimentos e o reconhecimento profundo pelo trabalho incansável de um líder que nunca mediu esforços para servir à sociedade”, refletiu Diniz.
Por fim, o conselheiro Rodrigo Coelho afirmou que se despede com tristeza de Max Mauro. “Ele deixa um legado de integridade, coragem e serviço ao estado. Aos familiares e amigos, expresso meus sinceros sentimentos.”
Expoente capixaba
Max Mauro nasceu em 11 de março de 1937, no município de Vila Velha, filho de Saturnino Rangel Mauro e Maria da Penha Freitas Mauro. Em 1962, formou-se em Medicina na Universidade Federal da Bahia e, depois, retornou ao Espírito Santo.
Em 1970 foi eleito prefeito de Vila Velha: seu primeiro cargo eletivo. Nos anos seguintes foi eleito deputado estadual, deputado federal e, em 1987, assumiu o cargo de governador do Espírito Santo. O último cargo público de Max Mauro foi deputado federal, deixando o mandato em 2003.
Na política foi um dos fundadores do MDB, onde atuou de 1966 a 1979 e, após a reabertura democrática, do PMDB, permanecendo no partido entre 1980 a 1989, quando se filiou ao PDT, partido ao qual esteve filiado até 1989. Também passou por PMN, PTB e estava filiado ao PSDB.
Max Mauro tinha 87 anos e deixa dois filhos, quatro netos e quatro bisnetos.
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