Estudantes do Ensino Médio de cinco escolas da Rede Pública de Ensino do Estado lotaram o auditório do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES), para participar da abertura da terceira edição do Fórum de Combate à Corrupção (Focco). O evento acontece nesta sexta-feira (06), em comemoração ao Dia Internacional Contra a Corrupção.
Na parte da manhã, cerca de 250 estudantes ouviram as palestras sobre “Fórum de Combate à Corrupção: O que é? Para que serve?”, com o secretário-geral de Controle Externo, Rodrigo Lubiana e “Corrupção: onde tudo começa?”, com o auditor e coach, Lyncoln Reis.
O presidente eleito do TCE-ES, Rodrigo Chamoun, deu boas-vindas aos jovens. “As instituições que recebem da Constituição Federal o poder e os instrumentos para combater a corrupção e a impunidade, basicamente, todas elas estão representadas neste fórum. A corrupção é um tema que entrou na agenda do brasileiro. Independentemente de idade e da região. Agradecemos em nome do TCE-ES a presença de vocês, dos professores e dos diretores que acompanham os engajados alunos nessa luta que é de toda a sociedade, assinalou.
Focco
O secretário-geral de Controle Externo da Corte, Rodrigo Lubiana, apresentou o trabalho o trabalho do Focco-ES aos estudantes. “O Fórum de Combate à Corrupção (Focco) nasceu da necessidade da atuação conjunta das instituições com objetivo de tornar mais efetivo o combate às fraudes e desvios na gestão pública”, apresentou.
Por meio do fórum, o TCE-ES, o Ministério Público Federal (MPF/ES), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), a Delegacia da Receita Federal (DRF-ES), a Superintendência de Polícia Federal (SPF-ES) e o Ministério da Transparência, por meio da Controladoria-Geral da União (CGU), trocam informações e formulam ações conjuntas que já resultaram em investigações de grande relevância.
Durante a palestra, Lubiana falou sobre como a corrupção afeta o dia a dia da população. O secretário apresentou dados que ilustram o efeito da corrupção na vida dos Brasileiros. “De acordo com o levantamento feito pelo Ministério Público Federal (MPF), os brasileiros trabalham 29 dias do ano, apenas para pagar o saldo negativo da corrupção nos cofres públicos. Um rombo anual estimado em R$ 200 bilhões”, enfatizou.
O secretário também salientou a importância do Dia Mundial de Combate à Corrupção. “Esse dia é uma data universal para se debater a corrupção, para conscientizar as pessoas do que é e como combater a corrupção. Essa é uma luta de toda a sociedade, que precisa se envolver nesse debate porque ela afeta a vida de todos nós”, assinalou.
Onde tudo começa
O auditor e coach, Lyncoln Reis, prendeu a atenção dos estudantes com a palestra “Corrupção: onde tudo começa?”. Ele iniciou sua fala apresentando conceitos da palavra corrupção. “É um mal que entra na nossa mente e faz com que nossa vida se deteriore. É a degradação de valores morais e dos bons costumes e, ao abrir mão disso, eu permito que o mal se instale. E isso tudo pode começar a partir de uma simples conversa com um colega que me convence a usar droga, por exemplo. E o que eu faço uma vez, pode se transformar em muitas vezes”, explicou.
Para ele, toda corrupção começa a partir de uma voz interna que nos fala o que é certo ou errado. “É a consciência”, disse. “E quanto menor a consciência, menor a maturidade emocional. Menor a capacidade de fazer o que é bom para mim, o que é justo. A falta de consciência nos faz focar no curto prazo, em vantagens imediatas. Porém, observar o longo prazo pode te salvar do que você não quer viver”, salientou o auditor.
“Todas as vezes que você aceita atender a uma recompensa imediata, você vai dizendo não para você mesmo. E o poder da repetição vai fazer você ficar bom nisso e vai talhando a sua auto-imagem. Até que a corrupção vira uma rotina, um hábito, e as consequências vão se tornando cada vez piores, até que, na vida adulta, após os limites dados na infância pelos nossos pais e nossa família, sejam necessários os limites externos. É aí que entra o controle externo: polícias, tribunais de Contas, da Justiça, Ministério Público e outras instituições”, contextualizou.
Então, o que fazer? Para Lyncoln é preciso identificar a voz que nos leva a fazer algo errado, rejeitá-la e, se cair, aceitar as consequências. “Quando criamos uma relação negativa com essa consciência entendemos que não vale a pena se corromper”, finalizou.
Premiações
Finalizando as atividades da manhã, foi realizada as premiações do 1º Concurso de Redação do Focco e do 11º Concurso de Desenho e Redação, promovido pela Controladoria Geral da União (CGU). Os vencedores do Focco receberam das mãos do presidente da Associação dos Auditores de Controle Externo (Ascontrol), Rafael Lamas, três Tablets e um notebook. O Superintendente da CGU, Ricardo Plácido, foi o responsável por premiar o aluno vencedor do concurso realizado pela instituição.
Confira os Vencedores:
1º Concurso de Redação do Focco
1º – Victoria Barbosa – Escola Renato Pacheco
2º – Helena Arruda De Andrade – Escola Godofredo Scheineider
3º – Lizzie De Almeida Barros Rocha – Escola Clóvis Borges
4º – Marcelo Luciano M. Do Nascimento – Escola Maria Penedo
11º Concurso de Desenho e Redação
1º – Nome da aluna: Lisliê Rodrigues Costa – Colégio Adventista de Cariacica
E evento continua agora à tarde. Confira a programação em https://www.tcees.tc.br/encontro-corrupcao-2019/
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