Obras estão sendo realizadas em todo o Brasil para o maior evento do esporte, a Copa do Mundo de 2014. A reforma e construção do Mineirão, em Belo Horizonte/MG e do Estádio Mané Garrincha, em Brasília/DF, foram um dos destaques da programação da tarde desta quarta-feira (15) durante o XV Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas – Sinaop.
A engenheira Maruska Lima de Sousa Holanda, diretora de Obras Especiais do Governo do Distrito Federal, apresentou a grandiosidade da construção do Estádio Mané Garrincha que, atualmente, é o maior estádio do país. Ela ressaltou que “mais do que um estádio, estamos entregando mais um monumento para a cidade de Brasília”.
O Mané Garrincha, estádio que sediará o maior número de jogos da Copa, serão sete no total, terá capacidade para 73 mil pessoas, com cerca de 219m2 de área construída. Maruska apresentou algumas características da obra, como a inovação tecnológica da cobertura do estádio com a construção do maior anel de compressão de concreto. “São 22 metros de largura e 1 km de perímetro”, contou.
A obra, contratada para ser concluída em 36 meses, será entregue num prazo de 33 meses, com custo previsto de R$ 740 milhões. A engenharia pontuou algumas exigências feitas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) que ocasionaram acréscimos no contrato inicial da obra. O primeiro evento teste está marcado para o próximo dia 18.
Mineirão
O representante da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo do Estado de Minas Gerais, Guilherme de Ávila Neves, apresentou o que, para ele, é o grande diferencial da construção do Mineirão, em Belo Horizonte. O projeto foi realizado a partir de uma Parceria Público Privada (PPP) firmada pelo Governo.
“O projeto inicial foi contratado por R$ 677 milhões e o estádio foi entregue por R$ 677 milhões, no prazo, sem um centavo a mais”, destacou. Para ele, a modelagem do Mineirão se constitui como referência em gestão compartilhada de negócios. “A obra foi entregue no dia 21/12/2012, já realizamos dois shows internacionais, jogo da Seleção Brasileira, enquanto os estádios ainda estão sendo inaugurados nos outros estados”, comparou Neves.
Ele pontuou as vantagens da PPP. “Muitos problemas ocorreram durante a obra, como é comum. No entanto, quem resolvia era a empresa. Os atrasos e a resolução dos incidentes não eram problemas do Governo e sim da concessionária”, disse. Outros pontos positivos ressaltados por ele foram: marcos intermediários facilitam monitoramento do cronograma e asseguram cumprimento; compartilhamento objetivo de riscos bem desenhado e regulação vigilante.
Nunes falou do importante papel do Tribunal de Contas de Minas Gerais. Para ele “a regulação foi fundamental para o sucesso da obra”.
Sinaop
Com o tema “Obra Pública – Compatibilizando qualidade, preço e prazo”, o Sinaop prossegue até esta sexta-feira (17) com a participação de conferencistas nacionais e internacionais e membros dos tribunais de Contas de todo o País.
Durante os dias de evento diversos órgãos que atuam no controle de obras públicas estarão em torno de discussões que visem a aperfeiçoar as atividades de auditoria de obras públicas e defender o planejamento de obras e a sustentabilidade como bases para as políticas públicas.
Nesta quinta-feira (16), quatro grandes obras em andamento no Espírito Santo receberão visitas técnicas dos participantes. O estádio Kléber Andrade, que tem prazo de conclusão das obras para fevereiro de 2014, o Porto de Vitória, a Usina de Pelotização da Samarco e a ETE Mulembá Cesan.
Serviço
XV Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas
Tema: “Obra Pública – Compatibilizando qualidade, preço e prazo”
De 13 a 17 de maio, Itamaraty Hall, Vitória/ES
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