Com o objetivo de conscientizar a população capixaba para a importância de se manter o isolamento social e seguir as normas de saúde para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) realizou na manhã desta sexta-feira (26) uma audiência pública para firmar um PACTO SOCIAL PELA VIDA.
O evento contou com a participação da procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, do governador do Estado, Renato Casagrande, do presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Rodrigo Chamoun, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Erick Musso, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ronaldo Gonçalves, entre outras lideranças políticas, religiosas e comunitárias.
Na audiência foram discutidas medidas a serem adotadas nas diferentes esferas de poder, para que se possa diminuir o ritmo de contaminação e de internações por conta da doença. Em sua fala, o presidente Rodrigo Chamoun parabenizou o MPES pela inovação e pela capacidade de mobilizar diversos setores na construção de um debate que visa a saúde dos capixabas.
“Nós estamos em guerra. Nada é capaz de eliminar vidas, dizimar economias e causar tanto sofrimento em todos os países simultaneamente como uma pandemia. Ela é um vetor mais agressivo e mortal do que propriamente a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais”, afirmou.
Sobre a conjuntura global de enfrentamento ao novo coronavírus, o presidente classificou os países em três níveis (aqueles que estão vencendo a guerra, os que estão conduzindo bem a guerra e os que estão perdendo a guerra). “Entre os países que estão perdendo essa batalha, eu destaco Brasil e Estados Unidos por falta de uma estratégia única, compacta e de medidas inteiras. Nós precisamos de medidas inteiras para esse enfrentamento’, sentenciou.
Durante seu pronunciamento, o conselheiro recorreu a uma passagem do livro Arte da Guerra, uma das mais tradicionais obras da cultura oriental que transcendeu a categoria de simples tratado de guerra para se transformar numa leitura universal sobre planejamento e liderança. “Quando suas armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, sua força exaurida e seus fundos gastos, nenhum homem, por mais sábio que seja, será capaz de evitar as consequências que virão. A inteligência nunca foi associada a decisões demoradas. Só quem conhece os efeitos desastrosos de uma guerra longa pode compreender a suprema importância da capacidade em levá-la a termo”, reproduziu trecho da obra de pensador chinês Sun Tzu.
Ainda recorrendo a literatura e fazendo alusão a pandemia, Chamoun fez um recorte de um artigo escrito por Winston Churchill, orador, estadista e um dos líderes europeus mais importantes durante a Segunda Guerra Mundial. “Não é preciso temer o resultado final, mas quanto mais tempo demorar as políticas de meias medidas, mais distantes estará o fim da luta”, narrou.
Por fim, o presidente fez um apelo ao cumprimento dos protocolos de segurança como o uso de máscara e o isolamento social. “Os países que estão saindo dessa crise tomaram medidas inteiras por dois meses, prepararam suas economias, diminuíram a circulação e obtiveram resultados. Eu não tenho direito de não usar máscara. A minha saliva se contaminada, pode provocar mortes. Precisamos ter solidariedade para termos um fim, porque isso não depende do governador, de decreto, depende exclusivamente de nossas atitudes para vencermos esse difícil momento”, concluiu.
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