O vice-presidente da Atricon e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), Carlos Ranna, revelou que “o sistema de auditoria interna da Bulgária tem muito a ensinar ao Brasil, especialmente quanto aos procedimentos relativos à transição do modelo anterior para o modelo adotado pela União Europeia, alinhado com as normas e padrões internacionais”.
Carlos Ranna integra um grupo de brasileiros que se encontra em viagem de estudo destinado a conhecer as reformas nos sistemas de auditoria interna da Croácia e da Bulgária, a convite do Banco Mundial e do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci). Essas duas entidades estão interessadas no fortalecimento da auditoria e do controle internos na administração pública.
O representante do TCU, Jetro Coutinho Missias, disse que o sistema de “controle interno do Brasil não está de acordo com as práticas e normas internacionais e que uma mudança para a adequação às melhores práticas identificadas pode levar a auditoria interna nacional a um patamar superior de qualidade e efetividade na função de auditoria”.
Encerrada a visita de estudos à Croácia, os representantes das controladorias da União e dos Estados, do Banco Mundial, do Conaci, da Associação de Membros dos Tribunais de Contas (Atricon) e do TCU iniciaram a visita de estudos à Bulgária, país que, nos últimos dez anos, passou por reformas relevantes em seu sistema de auditoria interna.
Os representantes da Atricon e do TCU deram ênfase ao encontro com o Bulgarian National Audit Office (BNAO), a Social Accountability International (SAI) búlgara, que possui 450 auditores (enquanto a Bulgária tem 7 milhões de habitantes).
Os participantes foram recebidos pelo presidente da Corte Búlgara, Tzvetan Tzvetkov, que passou cerca de três horas tirando dúvidas dos visitantes e explanando acerca das principais mudanças ocorridas no sistema de auditoria interna e seu impacto no trabalho do BNAO.
Tzvetan Tzvetkov foi enfático ao garantir que “a administração pública da Bulgária melhorou muito; que as reformas no sistema de auditoria interna contribuíram para elevar o grau de qualidade da administração de seu país”. A principal melhoria, revelou ele, “não esteve nem está apenas no fato de o gestor ser notificado de sua situação, mas em ser lhe dado um rumo a seguir para corrigir as deficiências identificadas”.
Na visão dele, a auditoria interna é ferramenta muito relevante e que tem impacto direto na atuação da Social Accountability International, cujos auditores “são os principais interessados em ter um sistema de auditoria interna forte”.
Vale ressaltar que o TCU e a SAI Búlgara tem acordo de cooperação vigente desde 1995, assinado pelo vice presidente do TCU à época, e posteriormente presidente do Tribunal, o ex-ministro Homero Santos.
Após o encontro, Tzvetkov foi destacado pelo conselheiro Carlos Ranna, que o presenteou com alguns trabalhos relevantes realizados pela Atricon no Brasil.
Informações à imprensa:
Secretaria de Comunicação do TCE-ES
secom@tcees.tc.br
(27) 98159-1866