A transcrição automatizada de todas as sessões do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), utilizando Inteligência Artificial (IA), agora faz parte do fluxo de trabalho do Corte, em específico na Secretaria Geral das Sessões (SGS). Com isso, atividades até então manuais passam a ser realizadas por computadores que têm a tarefa de interpretar os áudios das sessões e convertê-los automaticamente em textos. As reproduções já estão disponíveis para o público externo e servidores da Corte.
Além da automatização de tarefas manuais, esse novo fluxo de trabalho trará uma série de benefícios, como aproveitamento mais racional de mão de obra na SGS; economia de recursos públicos; menor tempo de publicação das atas transcritas automaticamente, aumentando a tempestividade e transparência do TCE-ES; desburocratização; uso de computação em nuvem; mais modernidade e total integração com o e-TCEES.
De acordo com o secretário da SGS, Odilson Barbosa Junior, a medida trará mais celeridade na tramitação processual, reduzindo o tempo necessário à inclusão de textos nas atas e nos processos.
“Com o uso de Inteligência Artificial, conseguimos automatizar o registro das ocorrências das sessões de todos os colegiados do Tribunal, substituindo, sempre que possível, o formato arcaico de elaboração de atas, extensas e pouco pesquisáveis, que demandavam muito esforço e tempo de servidores da SGS, por uma ferramenta auxiliar de transcrição de textos de alta precisão”, frisou.
Precisão
Ele salientou que o TCE-ES já havia realizado tentativas nesse sentido em anos anteriores, sempre com o apoio da Secretaria Geral de Tecnologia da Informação (SGTI), mas a tecnologia disponível à época indicava margens de acerto de transcrição inferiores a 90%.
“Com o avanço dos índices de precisão da ferramenta, para o patamar de cerca de 95%, entendemos que a substituição era necessária e segura, já havendo previsão regimental para tanto no parágrafo 2º do artigo 72 da Norma Interna, introduzido pela Emenda Regimental 12/20”, assinalou o secretário.
Assim, acrescentou, a prática de redigir atas não se justifica mais, na medida em que a Corte passou a disponibilizar as sessões em registros de áudio e vídeo, de forma mais transparente, célere e econômica, com acesso irrestrito.
“Hoje, as transmissões das sessões são simultâneas, em tempo real, e as transcrições ficam aptas à consulta em menos de 24 horas após o evento, agilizando bastante o trâmite dos processos que se encontram na Secretaria das Sessões em fase de julgamento. O benefício não é só do setor. Além dos registros em áudio e vídeo, qualquer interessado, inclusive nossos servidores, que, por exemplo, estejam analisando uma sustentação oral, podem usar a ferramenta para facilitar a busca por trechos de manifestações orais. Estamos substituindo as atas por arquivos eletrônicos, acrescentando ainda ferramenta auxiliar para aqueles que preferem a leitura de textos no formato tradicional.”
Desenvolvimento da ferramenta
Todo o sistema foi desenvolvido internamente, por servidores da SGTI. Auditor de controle externo e secretário de Tecnologia da Informação de Soluções Corporativas e Apoio Operacional, Igor Magri Vale, afirmou que a tecnologia adotada utiliza “computação em nuvem”, sendo amplamente testada e constantemente aperfeiçoada.
“É exatamente a mesma utilizada pela empresa Google para a geração automática das legendas dos vídeos do YouTube”, enfatizou.
Para o desenvolvimento da ferramenta, a equipe contou com a participação mais direta de dois servidores. “Assim que concluiu a contratação do serviço em nuvem, a equipe levou cerca de três meses para adaptá-lo ao e-tcees”, explicou.
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